segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Flashes Literários"

Passatempo de Fotografia
O Baú de Leitura convida os alunos da escola a participar no passatempo de fotografia "Flashes Literários".
Trata-se de um concurso em que os alunos das escolas integrantes no Projecto Baú de Leitura competem entre si, apresentando fotografias de momentos de leitura: situações que envolvam seres ou objectos a interagir com a leitura, em diversos locais.
Os trabalhos deverão, portanto, ser alusivos ao tema os melhores momentos de leitura.
A FNAC-Madeira associa-se à iniciativa oferecendo prémios aliciantes: 100 euros (1º classificados); 75 euros (2º classificados); 50 euros (3º classificados), em vales de oferta FNAC-Madeira. Estes prémios são para os alunos vencedores do 1º Ciclo e para os alunos vencedores do 2º, 3º Ciclos e Secundário.
Os melhores trabalhos estarão expostos ao público no Madeira Shopping em Junho.
Podem descarregar o Regulamento dos Flashes Literários no site do baú http://dre.madeira-edu.pt/baudeleitura ou no blog http://flashesliterarios.blogspot.com.

"Triatlo Literário"





A primeira fase do concurso "Triatlo Literário" da Escola realizou-se no final do primeiro período, no dia 17 de Dezembro de 2009. Este ano lectivo com uma particularidade, a prova decorreu na Biblioteca Municipal da Ribeira Brava. As provas de leitura, escrita e cultura foram realizadas por 5 alunos de 7.º ano e 3 alunos de 8.º ano. A vencedora foi Matilde Gonçalves, que representará a nossa Escola na segunda fase do Concurso, no dia 10 de Março, na Ponta do Sol.








domingo, 13 de dezembro de 2009

No começo...




Caras colegas e fiéis seguidores do Blog do Grupo de Português da EBSPMA. É com muito agrado que inicio a minha humilde participação neste blog e, para começar, vou deixar-vos, a título de confidência, aquele que eu elegeria como "O Poema da minha Existência".

Cântico Negro de José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Escrever é tão divertido ...


A viagem à Ásia

Partiram num dia quente de Agosto, no meio da tarde do aeroporto da Portela, numa viagem familiar à Ásia, os pais e um rapaz de catorze anos. Nunca fizeram uma viagem tão magnífica. As hospedeiras eram simpáticas. Foi uma experiência fantástica! A família foi levada pelo organizador da viagem a um hotel situado à beira mar. Exotismo foi a palavra usada para descrever o local, os cheiros eram agradáveis como um bom perfume, o colorido era intenso e as árvores densas e verdes. Tudo era simpatia. Ficaram deslumbrados com aquela paisagem e o azul do mar.
As pessoas vestiam-se com roupas diferentes, muito coloridas e com vários adereços. Passearam por entre ruelas estreitas e escuras. O ambiente era misterioso.
Inesperadamente os pais olharam em volta e o rapaz tinha desaparecido sem deixar rasto. Os pais entraram em pânico e procuraram em todos os lugares possíveis e comunicaram logo de seguida o sucedido às autoridades locais.
O rapaz sentiu-se perdido, não conseguia encontrar o caminho de volta. Começou a andar a andar por todos os lados e de repente ouviu rugidos medonhos e assustadores. Anoiteceu e o medo ganhou maiores proporções. Orientou-se pelo brilho das estrelas e caminhou devagar olhando em todas as direcções à procura de um ponto de referência. Comeu uma refeição simples que pagou com alguma dinheiro que tinha ainda consigo. Chegou perto de um rio cheio de crocodilos e mudou de direcção. Passou por um parque cheio de árvores e sentiu medo, porque estava muito escuro. Caminhou até à praia e viu que afinal o céu estava estrelado. Lá encontrou um grupo de pessoas e pediu ajuda, só que a língua falada era diferente e a comunicação foi impossível.
Passaram-se quatro dias muito difíceis. Sentia fome, medo e tinha sono, porque nesses terríveis dias dormitava debaixo das escadas das casas sem nenhum agasalho. Achava que estava perdido num mundo totalmente desconhecido. O desespero invadia a sua vida. Julgava que tudo estava perdido e que nunca mais ia encontrar os seus pais.
Finalmente, por acaso, encontrou um rapaz da sua idade que também estava de férias com os seus pais que prometeu ajudá-lo. Foram os dois ao Consulado Português e estes tentaram encontrar os pais do rapaz que estavam em grande aflição.
O rapaz encontrou os pais que cancelaram os restantes dias de férias e regressaram juntos e felizes. Esta viagem foi o maior pesadelo da vida desta família. Agora voltaram à rotina do dia a dia e são felizes todos juntos.

Texto produzido nas aulas de apoio das turmas do sétimo ano: A, B e C.
Alunos: Adriana, Carla, Diogo; Marco, Lubélia, Andreína e João Gabriel.

As Mentiras de Duarte


As mentiras de Duarte

Mentiroso como o Duarte não havia pessoa igual, com as suas mentiras tentou a todos enganar. Primeiro a história trágica da marquesa Brasileira que morreu escaldada no vapor que rebentara, seguidamente o falso salvamento da prima-dona, assim como era a sua intimidade com o general Lemos e a prometida letra da canção para a esposa deste que será uma verdadeira mentira. Duarte também dizia ir todos os dias à casa mais agradável de Lisboa e que a visitava regularmente. Duarte também mentiu sobre as ofertas que o general lhe dera como Recebedor Geral em Santarém e Évora.
Afirmava que tratava de negócios, o que era mentira e que fora eleito por duzentos votos no clube o que na verdade não existiu eleições.
Anunciou que vendera a sua casa por trezentos contos na Companhia – Monstro e ainda tinha ganho dez por cento sem desembolsar cinco reis e que ainda o destino para esse dinheiro seria para as suas despesas e que viria um comprador a sua casa para tratar do negócio. Esse comprador estava quase sempre no Brasil e em Inglaterra, isso explicava a razão do general não o conhecer.


Trabalho de grupo: 8ªD
Alunos: Catarina, Avelino, Carlos Filipe, Reinaldo e Óscar

Duarte



Caracterização de Duarte

A personagem principal deste texto dramático é Duarte, é um mentiroso compulsivo, ele próprio não sabia porque mentia “ (...) não é má tenção...mas a maior parte das vezes, as coisas contadas tal como elas são... ficam duma sensaboria tal (...)”.
Em defesa de Duarte Joaquina afirma: “O senhor Duarte é um rapaz como há poucos. Juízo não lhe falta: suas doidices...não é, é pancada da mocidade. Isso passa depressa. Bom coração...não o há melhor (...)” e Amália acrescenta que “ (...) Duarte é muito bom rapaz, não há dúvida; mas não sei se é distracção se é doidice, tomou o costume de nunca dizer uma palavra que seja verdade.”
José Félix ajudou a tornar verdades as mentiras de Duarte e recebeu em troca cem moedas “ (...) Isto sim, que são verdades puras...e não deixam mentir ninguém

José Felix



Caracterização de José Félix

José Félix inicialmente usou palavras artificiais no seu discurso. A sua intenção era tentar mostrar o seu amor por Joaquina, mas fazia-o de uma forma exagerada, dizia que era um amor espiritual. Na verdade José Félix era interesseiro, pretendia receber o dote, juntamente com Joaquina.
Na peca representou o papel de um negociante e de um inglês para desmascarar Duarte. Era criado particular do general e antes tinha estado emigrado em Paris.

Discurso amoroso de José Félix

“ (...) Silfo, anjo, sopro, mulher! amo-te porque o meu coração está em brasa, e tenho umas veias, e estas veias...têm umas artérias...e estas artérias têm...não têm...as artérias não têm nada; mas batem, batem como os sinos que dobram pelo finado na hora do passamento, que é morrer, morrer, morrer, oh Joaquina morrer! (...).”



Trabalho de Grupo: 8º D
Alunos: Fabiana, Vítor, Mónica e Arlindo.