segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Escrever é tão divertido ...


A viagem à Ásia

Partiram num dia quente de Agosto, no meio da tarde do aeroporto da Portela, numa viagem familiar à Ásia, os pais e um rapaz de catorze anos. Nunca fizeram uma viagem tão magnífica. As hospedeiras eram simpáticas. Foi uma experiência fantástica! A família foi levada pelo organizador da viagem a um hotel situado à beira mar. Exotismo foi a palavra usada para descrever o local, os cheiros eram agradáveis como um bom perfume, o colorido era intenso e as árvores densas e verdes. Tudo era simpatia. Ficaram deslumbrados com aquela paisagem e o azul do mar.
As pessoas vestiam-se com roupas diferentes, muito coloridas e com vários adereços. Passearam por entre ruelas estreitas e escuras. O ambiente era misterioso.
Inesperadamente os pais olharam em volta e o rapaz tinha desaparecido sem deixar rasto. Os pais entraram em pânico e procuraram em todos os lugares possíveis e comunicaram logo de seguida o sucedido às autoridades locais.
O rapaz sentiu-se perdido, não conseguia encontrar o caminho de volta. Começou a andar a andar por todos os lados e de repente ouviu rugidos medonhos e assustadores. Anoiteceu e o medo ganhou maiores proporções. Orientou-se pelo brilho das estrelas e caminhou devagar olhando em todas as direcções à procura de um ponto de referência. Comeu uma refeição simples que pagou com alguma dinheiro que tinha ainda consigo. Chegou perto de um rio cheio de crocodilos e mudou de direcção. Passou por um parque cheio de árvores e sentiu medo, porque estava muito escuro. Caminhou até à praia e viu que afinal o céu estava estrelado. Lá encontrou um grupo de pessoas e pediu ajuda, só que a língua falada era diferente e a comunicação foi impossível.
Passaram-se quatro dias muito difíceis. Sentia fome, medo e tinha sono, porque nesses terríveis dias dormitava debaixo das escadas das casas sem nenhum agasalho. Achava que estava perdido num mundo totalmente desconhecido. O desespero invadia a sua vida. Julgava que tudo estava perdido e que nunca mais ia encontrar os seus pais.
Finalmente, por acaso, encontrou um rapaz da sua idade que também estava de férias com os seus pais que prometeu ajudá-lo. Foram os dois ao Consulado Português e estes tentaram encontrar os pais do rapaz que estavam em grande aflição.
O rapaz encontrou os pais que cancelaram os restantes dias de férias e regressaram juntos e felizes. Esta viagem foi o maior pesadelo da vida desta família. Agora voltaram à rotina do dia a dia e são felizes todos juntos.

Texto produzido nas aulas de apoio das turmas do sétimo ano: A, B e C.
Alunos: Adriana, Carla, Diogo; Marco, Lubélia, Andreína e João Gabriel.

As Mentiras de Duarte


As mentiras de Duarte

Mentiroso como o Duarte não havia pessoa igual, com as suas mentiras tentou a todos enganar. Primeiro a história trágica da marquesa Brasileira que morreu escaldada no vapor que rebentara, seguidamente o falso salvamento da prima-dona, assim como era a sua intimidade com o general Lemos e a prometida letra da canção para a esposa deste que será uma verdadeira mentira. Duarte também dizia ir todos os dias à casa mais agradável de Lisboa e que a visitava regularmente. Duarte também mentiu sobre as ofertas que o general lhe dera como Recebedor Geral em Santarém e Évora.
Afirmava que tratava de negócios, o que era mentira e que fora eleito por duzentos votos no clube o que na verdade não existiu eleições.
Anunciou que vendera a sua casa por trezentos contos na Companhia – Monstro e ainda tinha ganho dez por cento sem desembolsar cinco reis e que ainda o destino para esse dinheiro seria para as suas despesas e que viria um comprador a sua casa para tratar do negócio. Esse comprador estava quase sempre no Brasil e em Inglaterra, isso explicava a razão do general não o conhecer.


Trabalho de grupo: 8ªD
Alunos: Catarina, Avelino, Carlos Filipe, Reinaldo e Óscar

Duarte



Caracterização de Duarte

A personagem principal deste texto dramático é Duarte, é um mentiroso compulsivo, ele próprio não sabia porque mentia “ (...) não é má tenção...mas a maior parte das vezes, as coisas contadas tal como elas são... ficam duma sensaboria tal (...)”.
Em defesa de Duarte Joaquina afirma: “O senhor Duarte é um rapaz como há poucos. Juízo não lhe falta: suas doidices...não é, é pancada da mocidade. Isso passa depressa. Bom coração...não o há melhor (...)” e Amália acrescenta que “ (...) Duarte é muito bom rapaz, não há dúvida; mas não sei se é distracção se é doidice, tomou o costume de nunca dizer uma palavra que seja verdade.”
José Félix ajudou a tornar verdades as mentiras de Duarte e recebeu em troca cem moedas “ (...) Isto sim, que são verdades puras...e não deixam mentir ninguém

José Felix



Caracterização de José Félix

José Félix inicialmente usou palavras artificiais no seu discurso. A sua intenção era tentar mostrar o seu amor por Joaquina, mas fazia-o de uma forma exagerada, dizia que era um amor espiritual. Na verdade José Félix era interesseiro, pretendia receber o dote, juntamente com Joaquina.
Na peca representou o papel de um negociante e de um inglês para desmascarar Duarte. Era criado particular do general e antes tinha estado emigrado em Paris.

Discurso amoroso de José Félix

“ (...) Silfo, anjo, sopro, mulher! amo-te porque o meu coração está em brasa, e tenho umas veias, e estas veias...têm umas artérias...e estas artérias têm...não têm...as artérias não têm nada; mas batem, batem como os sinos que dobram pelo finado na hora do passamento, que é morrer, morrer, morrer, oh Joaquina morrer! (...).”



Trabalho de Grupo: 8º D
Alunos: Fabiana, Vítor, Mónica e Arlindo.

Brás Ferreira


Caracterização de Brás Ferreira

Brás Ferreira era um homem rico, um negociante do Porto, com “ dinheiro como milho” um negociante dos antigos, que levava “a honra e a probidade, a lisura e a verdade no trato”, a um ponto de grande severidade. Homem rígido e de uma só palavra e por isso não perdoava mentiras.
“Estava visto...faça ideia general, que é o sistemas de mentiras mais complicado que nunca vi, e combinado de modo que ainda não sei... Mas deixá-lo. Vossa Excelência está aqui, há-de-me ajudar a confundi-lo... Com toda a certeza não lhe dou a minha filha.”


Trabalho de Grupo: 8º D
Alunos: Fabiana, Vítor, Mónica e Arlindo.

Amália e Joaquina



Caracterização das personagens Amália e Joaquina

Amália e Joaquina são as personagens femininas do texto. Joaquina era criada de Amália e noiva de José Félix. Amália era apaixonada por Duarte e receava que o noivo se descaísse à frente de seu pai, o senhor Brás Ferreira, por isso juntou-se com Joaquina para fazer um esquema para poder se casar com Duarte. Joaquina como era uma criada dedicada e era amiga de Amália tornaram-se cúmplices para Joaquina e José Félix ganharem as desejadas cem moedas.
Numa das falas, Amália diz:
“-Oh meu Deus! Se vocês encobrem aquele defeito a meu pai, ficou-lhe numa obrigação... Depois, em nós casando, eu o emendarei. Que se não fossem isso...”
“-Não é disso, é o maldito vício, que nos deita a perder: meu pai jurou que desfazia o nosso casamento se daqui até à noite o apanhasse numa mentira.”
A mentira não leva a lado nenhum e a verdade sempre prevalece.





Trabalho de grupo: 8ºD
Alunos. Carla Macedo
Duarte Fernandes
Leonor Gonçalves

Duarte



Duarte, o mentiroso compulsivo.

Duarte era mentiroso, aldrabão, persistente, convencido e teimoso. Tentava dar a volta à cabeça das pessoas, utilizando a mentira e depois ficava pasmado quando as mentiras se tornavam em verdades e sempre que era necessário falava mal das pessoas pelas costas.
Eis algumas das mentiras de Duarte:
“È verdade: eleito por duzentos votos”.
“Duzentos e um. Não perdi senão um voto; e mais foi cá por certa coisa que eu sei”.
Enganava tudo e todos para alcançar os seus objectivos. Fazia estas trafulhices por amor de uma mulher, Amélia.
Este tipo de mentiroso só existia no mundo de comédias de enganos.
Duarte, o mentiroso compulsivo era uma pessoa delirante, com a ajuda dos outros alcançava os sus propósitos, sendo assim considerado uma pessoa muito interesseira.
“- O meu general, coitado! O meu santo general Lemos tem-me obsequiado e tem-me feito serviços...interessou-se por mim de uma maneira... O caso é que hoje tenho eu à minha disposição, para escolher, três lugares de primeira ordem, recebedor geral em Évora, Santarém...”

Trabalho de Grupo: 8º E
Diogo Pestana

Era assim no século XIX



A propósito do estudo do texto dramático Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett

Era assim o Século XIX...

A rede de relações familiares e de amizade desempenhava um papel fundamental para a consumação do casamento: os irmãos (ãs) dos melhores amigos eram partidos indicados, tal como os primos afastados. Ao longo do século XIX, a mulher não tinha, na maior parte dos casos, liberdade para escolher o homem com quem casar, sujeitando-se ainda à preferência dos pais ou às conveniências sociais.
O surgimento da burguesia criou ocasiões de encontro entre jovens: actividades desportivas e noites dançantes. As mães estavam presentes para garantir o bom comportamento, avaliar os dotes e comparar os partidos em presença.
Durante o noivado as duas famílias regulavam as condições e o valor dos dotes e marcavam a data de assinatura. Chegado o dia, os noivos iam com os parentes mais próximos ao notário.
Os saraus eram um momento privilegiado para praticar, como amador, a música e o teatro. Entre amigos facilmente se constituíam grupos de instrumentos ou de cantores.
No século XIX a sociabilidade e os lazeres masculinos localizavam-se em espaços separados: clubes, cafés e salas de bilhar, onde as mulheres respeitáveis só iam se acompanhadas.
A burguesia endinheirada aproveitava os tempos livres para usufruir de espaços de lazer e divertimento. Frequentavam espaços nocturnos e participavam em festas. Os bairros chiques dos centros das cidades tinham muito movimento. As mulheres elegantes frequentavam as lojas da moda, nas grandes avenidas. Os mais ricos depois de tratarem dos seus negócios, circulavam pelos cafés, clubes, iam à ópera e ao teatro.
A partir da segunda metade do século XIX, nas cidades mais industrializadas começaram a surgir grandes edifícios, os arranha-céus, nos quais eram utilizados novos materiais como o ferro, o aço e o betão.
Ao longo do século XIX, com a maior atenção dada à higiene, nomeadamente aos cuidados com a pele, a publicidade comercial destacava a pureza do sabonete. Houve uma melhoria das condições e hábitos de higiene, através de águas canalizadas, sistemas de saneamento básico e a divulgação do sabão.
Houve avanços na medicina com a introdução de novos medicamentos e vacinas. Inseriu-se no dia a dia maior quantidade de alimentos, ligados ao desenvolvimento da mecanização da agricultura, como a beterraba e o arroz.

Trabalho de grupo: 8ºE
Kelly, Joana, Luísa, Ricardo e Raquel.

Contemporâneos de Garrett



Os contemporâneos de Almeida Garrett

Estes foram os grandes vultos da política, pintura, música e da literatura do tempo, de quem Garrett foi amigo ou admirador ou que, de algum modo, percorreram um caminho paralelo ao seu.
Na literatura, destacaram-se: Victor Hugo, Byron, Goethe, Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco. Na pintura, salientamos: Delacroix, Turner, Constable e Tomás da Anunciação. Na música: Schubert e Chopin.
Outros: Napoleão Bonaparte, Mouzinho da Silveira, Balzac, Sá de Bandeira, Castilho, D. Pedro IV, Passos Manuel, D. Miguel e D. Maria II.
Estas foram as pessoas mais importantes para essa época, século XIX.

Trabalho de grupo: 8º E
Kelly, Joana, Luísa, Raquel, Ricardo

Almeida Garrett


Bibliografia de Almeida Garrett


Almeida Garrett nasceu em 1799, a 4 de Fevereiro, no Porto. Em 1808 foi com a família, para a ilha Terceira, devido às invasões francesas. Em 1816 regressou ao Continente e matriculou-se no primeiro ano jurídico. Ficou à frente do movimento da juventude universitária a favor da revolução, em 1820.
Formou-se em 1821 e fez a primeira representação da tragédia Catão. Foi nomeado para oficial da Secretaria do Reino, em 1822 e casou-se com Luísa Midosi.
Em 1823 exilou-se em Inglaterra.
Publicou Camões em 1825 e em 1826 D. Branca e regressou a Portugal. Foi preso em 1827 e exilou-se pela segunda vez. Embarcou e chegou aos Açores na expedição de D. Pedro, em 1832.
Manteve uma relação amorosa com Adelaide Pastor. Nesta altura foi nomeado para Inspector Geral dos Teatros, deu-se a fundação e organização de um Teatro Nacional.
Em 1838 foi o ano da representação de Um Auto de Gil Vicente e em 1841 verificou-se a representação de O Alfageme de Santarém. Representação de Frei Luís de Sousa, em 1843.
Em 1844, conheceu a viscondessa da Luz, inspiradora de Folhas Caídas. Em 1845, publicou o Arco de Santana e de Flores sem Fruto.
Em 1846 deu-se a publicação das Viagens na Minha Terra. Fez oposição ao governo de Costa Cabral. Em 1851foi colocado em Bruxelas como Embaixador de Portugal.
Em 1852 ocorreu a nomeação para Ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi-lhe atribuído o título de Visconde de Almeida Garrett. Em 1853 publicou Folhas Caídas.
Em 1854, Almeida Garrett acabou por falecer a 9 de Dezembro.
Foi um dos maiores vultos da literatura do século XIX. Grande escritor, homem elegante que ditava a moda no Chiado, mas também homem de carácter, sempre fiel às suas ideias e capaz de lutar por elas.
Foi ele o primeiro português que se interessou com a recolha do património cultural popular, que publicou no Romanceiro.


Trabalho de Grupo: 8º E
Alunos: Tatiana, Diogo Bernardino, Élio, Nádia Liliana e Leonardo

DOMINGO


Sexta-Feira ou a Vida Selvagem, de Michel Tournier

O novo amigo de Robinson

De madrugada quando Robinson acordou, foi até à praia e viu que o navio Whitebird já tinha partido. De seguida Robinson resolveu procurar Sexta-Feira, quando chegou junto à rede viu que esta estava vazia.
Então começou a percorrer a ilha na esperança de descobrir Sexta-Feira, mas não o achou e de seguida lembrou-se da admiração que Sexta-feira tivera demonstrado pelo barco e logo pensou que Sexta-Feira tivesse partido com a tripulação do Whitebird.
De repente Robinson sentiu-se sozinho e só lhe apetecia ir novamente para o fundo da gruta.
Mas nesse momento ao encontrar um buraco para entrar na gruta, saiu de dentro um rapaz, que dizia ser o grumete de Whitebird e que queria ficar na ilha com Robinson porque levava uma vida infeliz no barco.
Robinson tinha agora um irmãozinho e os dois iam inventar novos jogos e novas aventuras. Então Robinson decidiu chamar-lhe Domingo.


Trabalho elaborado por:
Raquel Mónica Jardim, 8ºE
2008/20009

OS VISITANTES



Sexta-Feira ou a Vida Selvagem, de Michel Tournier


Os visitantes


Sexta-Feira estava a colher flores, quando viu um ponto branco no horizonte. Foi prevenir Robinson que se arranjou para receber as visitas. Importava antes de mais saber a sua nacionalidade. Robinson não reconheceu aquele tipo de barco, que devia ser recente, mas reconheceu a bandeira inglesa que flutuava à popa.
Quando o navio chegou à ilha, o comandante, William Hunter, e Robinson apresentaram-se. Robinson perguntou a Hunter em que dia estava. Depois de saber, o cérebro de Robinson pôs-se a trabalhar a toda a velocidade. Robinson passou a maior parte da sua vida em Speranza, desde o naufrágio do Virgínia até à chegada de Whitebird tinha passado mais de vinte e oito anos. William Hunter convidou Robinson para almoçar consigo no navio. Quando Robinson saltou para bordo ficou um pouco triste ao ver que Sexta-Feira parecia mais feliz do que ele com a chegada de Whitebird. Durante o almoço Jean, uma criança que parecia ter aproximadamente doze anos, servia à mesa, quase completamente tapado por um enorme avental branco. Robinson olhou para Jean, mas como este estava tão concentrado, pelo medo de fazer algum disparate, parecia não o ver. Depois do almoço Robinson foi para o convés dormir a sua sesta, como era o seu hábito, quando virou-se para o lado e viu Speranza percebeu que nunca mais deixaria a ilha.
Robinson sentia-se jovem, belo e forte, queria ficar na ilha com o seu companheiro. Hunter ofereceu a Robinson uma canoa leve e com grande estabilidade, ideal para um ou dois homens, em tempo calmo. Quando a noite chegou Robinson e Sexta-Feira regressaram à ilha. Robinson e Sexta-Feira tinham ainda pela sua frente belos e longos anos de solidão. Só que Sexta – Feira abandonou a ilha na calada da noite e viajou no Whitebird, ambicionando as riquezas e os luxos que observou naquele navio.


Mónica, 8ºD, 2008/2009

A MORTE DE ANDOAR


Sexta-Feira ou a Vida Selvagem, de Michel Tournier

Reconto de alguns episódios.

A morte de Andoar
Robinson via com um óculo a luta dos dois adversários.
A noite estava a chegar quando Robinson descobriu o cadáver de Andoar. Robinson reconheceu-o pelo colar colorido que ele tinha à volta do pescoço. Levantou-se e sentiu alguém a rir-se, quando olhou viu Sexta-Feira de pé, cheio de arranhões, mas feliz, dizendo que o rei dos bodes estava debaixo dele e protegeu-o, salvando-o e que um dia o faria voar.


A preparação do último voo de Andoar
Alguns dias depois, Sexta-Feira voltou junto do cadáver de Andoar. Tirou-lhe primeiro a cabeça e depois cortou a pele e estendeu-a no solo. Sexta-Feira só guardou do corpo de Andoar os intestinos, lavou-os e ficaram a secar nos ramos de uma árvore, na esperança que Andoar pudesse voar.

Andoar voa
Robinson desde pequeno tinha vertigens, bastava pôr-se em cima de uma cadeira para lhe provocar um certo mal-estar. Por isso, todas as manhãs ele esforçava-se para subir a uma árvore. Achava que era um exercício ridículo e inútil, mas como vivia com Sexta-Feira admitia ser importante livrar-se das vertigens.
Numa manhã Robinson subiu a uma das árvores maiores da ilha, para vencer o medo, só que cometeu um grande erro “olhou para baixo”, só passado algum tempo se apercebeu que não devia olhar para baixo e levantou os olhos, ao olhar para o céu viu um pássaro dourado e verificou que Sexta-Feira tinha comprido a sua promessa: “ Fazer Andoar Voar”.



A reacção de Sexta-Feira por ver Andoar voar
Sexta-Feira estava empenhado a fazer um papagaio com a pele de Andoar. Quando terminou resolveu ir à praia e viu que Andoar estava a voar e começou a gritar.
Robinson desceu rapidamente da árvore para ir ter com ele. Encontrou-o deitado na areia com a cabrinha Anda. Robinson também juntou-se a eles para ver o voo de Andoar. De repente, Sexta-Feira levantou-se sem soltar o fio do papagaio, começou a emitar a dança de Andoar e o pássaro dourado que estava ligado ao tornozelo de Sexta-Feira também acompanhava a dança.
Na parte da tarde foram pescar com o papagaio. Eles viam o grande pássaro a agitar-se no céu, como a bóia de uma cana de pesca, quando o peixe morde.


A engenhoca de Sexta-Feira
Sexta-Feira chegou até Robinson e disse-lhe que Andoar ia cantar. Depois disso Sexta-Feira começou a fabricar uma harpa eólica.
A harpa eólica é um instrumento que funcionava com o vento que fazia as cordas vibrar. Sexta-Feira colocou-a na cabeça de Andoar para fazê-lo cantar. Foi necessário esperar pela próxima tempestade que chegou um mês depois.
Certa noite, Sexta-Feira levantou-se com uma terrível tempestade e foi puxar pelos pés de Robinson. Pareceu-lhes ouvir um concerto em que se misturavam flautas e violinos. Quando chegaram junto à árvore viram o papagaio que vibrava como uma pele de tambor. Andoar- Voador, Andoar- Cantor, pareciam assim, reunidos na mesma festa. Havia música grave e bela que só podia lembrar o lamento do bode, morto ao salvar Sexta-Feira. Abraçados os três sob um rochedo olhavam de olhos abertos para aquele espectáculo terrível e ouviam atentamente aquele canto.


Leonor Gonçalves, 8ºD
2008/2009


Sexta-Feira ou a Vida Selvagem, de Michel Tournier

Robinson partiu com a tripulação para a América do Sul, deixando a sua família. Tudo corria bem até que houve uma tempestade e o barco naufragou.
Robinson, o único sobrevivente da Virgínia, acordou deitado numa praia de uma ilha deserta. Alimentou-se de ovos, ananás selvagem, marisco, cocos e rebentos de plantas. Ele tinha esperança que um barco aparecesse à sua procura, mas passaram dias e dias e nada. Resolveu então construir um barco, foi buscar algumas ferramentas ao Virgínia, antes que se afundasse por completo e meteu mãos à obra. Meses depois deu por terminado o barco, mas tinha lhe escapado um pormenor, que se tornara num grande problema. Construiu o barco numa falésia alta e não tinha força de o empurrar para a água. Com este desgosto, meteu-se numa poça de lama, lá imaginava-se bebé num berço e pessoas a olharem para ele, passou lá horas e horas.
Com o tempo compreendeu que a lama só lhe fazia mal e que a única solução era o trabalho. Construiu uma espécie de casa e semeou cereais, arroz, criou também leis para a ilha a quem deu o nome de Speranza (Esperança).
Alguns dias depois apareceu o seu cão Tenn que sobreviveu no naufrágio do Virgínia.
Passaram-se anos e nenhum barco aparecia no horizonte, até que um dia, Robinson salvou um índio que estava a ser perseguido por outros, era acusado de algum mal que afectou a sua tribo, uma tempestade, morte ou simplesmente uma má colheita.
Robinson deu-lhe o nome de Sexta-Feira e tornaram-se amigos.
Robinson era o amo de Sexta-Feira, logo mandava em Sexta-Feira que por sua vez obedecia grato por este lhe ter salvado a vida.
Assim foi durante muitos anos até que um dia houve uma explosão e toda a colheita e alimentos que estavam armazenados foram pelo ar. A partir daí era Sexta-Feira que comandava o “jogo”, tudo se tornou mais simples para os dois amigos.
Passaram anos e anos e os amigos viviam felizes na sua pequena ilha Speranza, até que para seu espanto receberam visitas. Robinson reconheceu logo a bandeira inglesa. Depois de algum tempo de conversa descobriu que estavam no dia 22 de Dezembro de 1787, ou seja já tinha passado vinte e oito anos após o naufrágio do Virgínia. Robinson recusou o convite do capitão para embarcar e resolveu ficar na ilha Speranza com Sexta-Feira.
No dia seguinte a tripulação do barco inglês já tinha partido e Robinson foi à procura de Sexta-Feira. Lembrou-se então o quanto Sexta – Feira ficou fascinado com o barco, concluiu desesperado, com medo da solidão, que Sexta-Feira devia ter partido com eles.
Robinson queria morrer e os abutres à sua volta tinham adivinhado o seu pensamento. Procurou a entrada da gruta e aí apercebeu-se que não estava só, o menino maltratado do barco tinha fugido para a ilha.
Robinson tinha encontrado forças para viver, Sexta-Feira ensinara-lhe a vida selvagem e partira, mas Robinson não estava só, tinha agora aquele menino com cabelos tão vermelhos como os seus, onde via um pequeno irmão que nunca tivera.

Tatiana Gomes, nº 10120, 8ºE
2008/2009

ANTES DA EXPLOSÃO



Sexta – Feira ou a Vida Selvagem, de Michel Tournier

Antes da explosão
A bordo do Virgínia viajava Robinson, que ia explorar a América do sul. Houve uma tempestade que provocou uma grande vaga que varreu o barco e tudo o que nele se encontrava, homens e materiais. Quando Robinson acordou estava numa praia deserta. Ele era o único sobrevivente do naufrágio do Virgínia. Ele olhou à sua volta e reparou que estava numa ilha.
Depois de explorar a ilha apercebeu-se que estava deserta e não havia qualquer habitação. Passados alguns dias Robinson teve a ideia de fazer grandes colunas de fumo, assim mal um barco apareceu no horizonte reparava nas chamas.
Depois de tanto esperar Robinson decidiu construir um barco para que pudesse sair da ilha, Após a conclusão do barco Robinson tentou levá-lo até ao mar, mas não conseguiu porque o barco era muito pesado e estava longe da praia. Robinson teve de deixar o barco onde estava.
De seguida Robinson começou a organizar e a civilizar a ilha e de dia para dia as suas colheitas foram crescendo e as suas obrigações.
Certo dia apareceu na ilha vários homens de uma tribo. Foi então que Robinson conheceu Sexta-Feira. Robinson salvou o Índio, porque os outros índios o iam matar. Foi por isso que Sexta-Feira esteve sempre em dívida para com Robinson.
Fazia o que Robinson mandava, era seu escravo. Um dia Sexta-Feira estava a fumar cachimbo e não queria que Robinson o visse, por isso quando ele apareceu jogou o cachimbo para dentro da gruta. Mas o que Sexta-Feira não sabia era que havia barris de pólvora no fundo da gruta, o que provocou uma grande explosão. E foi devido a esta enorme explosão que Tenn, o cão de Robinson, morreu, as colheitas foram destruídas e desapareceram todos os vestígios existentes de civilização.

Raquel Mónica Jardim, 8 º E, nº 10145
2008/2009

Michel Tournier


Sexta-feira ou Vida Selvagem, de Michel Tournier

Sumário

 Introdução
 Michel Tournier
 Distinções
 Conclusão
 Anexos



Introdução

Com este trabalho pretendemos adquirir mais conhecimentoss sobre a vida e obra de Michel Tournier, escritor francês. Este trabalho foi pedido no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa.


Michel Tournier

Michel Tournier é um escritor francês. Nasceu em Paris a 19 de Dezembro de 1924, em Paris. Estudou em Saint – Germain em Laye e no Liceu Pasteur de NeuillY. Seguiu o curso de Filosofia na Sourbonne e na Universidade de Tübingen.
Os pais conheceram-se quando estudavam Alemão na Sorbonne. Tournier também aprendeu a falar a língua, muito cedo, uma vez que a mãe tinha o hábito de passar os Verões numa pensão alemã.
O pai desistiu de se tornar professor por ter sido ferido num combate durante a Primeira Grande Guerra. Optou por abrir o seu próprio negócio, fundando uma agência de direitos de autor, tomando assim contacto com obras literárias e apaixonou-se pelo mundo dos livros. Tournier estudou numa série de escolas particulares, geralmente católicas.
Este escritor define-se como o “contrabandista da filosofia” procurando englobar alguns filósofos nos seus contos e histórias, como Sexta-feira ou a Vida Selvagem em que retrata Robinson Crusoe.
Michel Tournier vive em Vallée de Chevreuse a 40 km a sudoeste de Paris no presbitério duma minúscula vila.

Distinções

Michel Tournier recebeu o grande prémio de romance da Academia Francesa em 1967 pelo seu romance Sexta-feira ou a Vida Selvagem; prémio Goncourt em 1970 por unanimidade pelo seu romance Le Roi des Aulnes (O Rei dos Álamos); membro da Academia Goncourt em 1972; medalha Goethe em 1993; Doctor Honoris Causa da Universidade de Londres em 1997.

Conclusão

Michel Tournier foi um grande escritor do seculo XX e a maior parte das suas obras estão em língua francesa.


Sérgio, Simon, Reinaldo, 8º D

A NOTÍCIA

Escrever uma notícia...

A morte de Hans, burguês próspero, comerciante e homem competente.

Notável homem de negócios, Hans morreu ontem na sua Quinta, no alto de uma pequena colina, na cidade do Porto, rodeado da família, amigos, criados antigos, médicos e enfermeiros.
Hans era um homem imponente, alto e direito, impaciente e taciturno.
A febre subiu e morreu ao cair da noite de uma doença não diagnosticada. Antes chamou os filhos e fez um estranho pedido. Pediu que construíssem um navio naufragado em cima da sua sepultura.
Novembro-1981


Óscar José Teixeira Ramos, 8ºD,nº10086
20008/2009

CIDADE DESCONHECIDA

No âmbito do estudo do conto “Saga”, de Sophia de Melllo Breyner Andresen falou-se da....

... Cidade Desconhecida

Hans era um rapaz de catorze anos que morava no interior da ilha de Vig. O seu sonho era ser marinheiro e capitão de um navio, tal como os tios e avós, mas o seu pai, Sören, não queria que ele fosse marinheiro.
Em Agosto um cargueiro inglês chamado “Angus”, vindo da Noruega que seguia para sul, chegou a Vig. O seu capitão era um homem de barba ruiva e aspecto terrível. Foi no “Angus” que Hans fugiu de Vig, como grumete. Primeiro navegaram com bom tempo e depois atravessaram tempestades.
Contornaram a terra e navegaram para Sul e chegaram a uma cidade e ali ficaram durante alguns dias. Na luz vermelha do poente a cidade parecia carregada de memórias, antiga, escura e ao mesmo tempo tudo era encantador.
Quando o navio atracou na cidade, Hans sentiu a “… respiração rouca da cidade, tinha um colorido intenso e sombrio, os arvoredos eram murmurantes e espessos, o rio tinha um verde espelhado. Na estrada que corria junto às margens viam-se bois enfeitados e vermelhos, puxando carros de madeira que chiavam sob o peso de pipas, pedra e areias.”
O navio demorou-se vários dias no cais. Certo dia houve uma briga entre Hans e o capitão e nessa madrugada Hans abandonou o navio em segredo.
Hans caminhou ao a coso na cidade desconhecida, o som das palavras estrangeiras era para ele um obstáculo. Hans, perdido no meio dos diferentes rostos e cheiros, caminhou ao longo do rio. Penetrou nas igrejas de azulejo e talha que não eram claras e frias como as igrejas do seu país, mas eram doiradas e sombrias. Ao anoitecer dormiu nos degraus de uma escada, parecendo-lhe que as noites eram mornas e transparentes.
Ao fim de cinco dias, Hans foi encontrado por um inglês chamado Hoyle e tornaram-se amigos. Hoyle inscreveu Hans na escola, onde este aprendeu tudo sobre navios e o mar.
Hans lutou pelo seu sonho e mais tarde fundou a sua própria firma. Os anos foram passando e a sua riqueza continuava a crescer. Multiplicaram também o número dos seus barcos e a extensão dos seus negócios.
Hans parecia estar já bem integrado na Cidade onde outrora tinha vagueado como estrangeiro. Conhecia os notáveis de burgo onde ele próprio era um deles. Amava os rios, os granitos das casas, as enormes tílias inchadas de brisa, as cameleiras de folhas polidas que floriam desde Novembro até Maio. As suas viagens multiplicaram, mas cansou-se, pois eram só viagens de negócios. Ainda faltava cumprir o seu sonho...




Os jardins onde sob enormes arvoredos se abriam trémulos junquilhos.


Mónica - 8ºD








Escrever uma página de um diário...

A Vida de Hans na Cidade Desconhecida


Querido diário.
Cheguei ao cair de uma tarde, a uma cidade situada numa barra estreita de um rio esverdeado e turvo de margens cavadas. À esquerda, o casario era branco, amarelo e vermelho misturado com os escuros granitos.
Desde o primeiro momento que cheguei à cidade, fiquei espantado com tudo o que lá havia, era tudo tão belo!
A tripulação esteve vários dias no cais, mas no dia da véspera da partida tive uma discução com o capitão, o que me levou a abandonar o navio, em segredo.
Estava perdido, a língua que eu falava era estranha nesta cidade, até que a minha força de sobrevivência tinha-se esgotado e foi então que um inglês chamado Hoyle encontrou-me e abrigou-me em sua casa.
Hoyle levou-me ao centro da cidade e comprou-me roupas que necessitava e também papel e caneta. A razão de me ter comprado papel e caneta foi para escrever à minha família a pedir perdão pela dor que os causei pela separação. Falei das minhas razões e das minhas aventuras. Prometi que um dia voltaria a Vig e seria capitão de um navio.
Passados alguns meses a minha mãe respondeu dizendo que eu os tinha abandonado e que o meu pai pedia que não voltasse a Vig, pois não me receberia. Com esta notícia passei noites em claro numa profunda trisreza.



Leonor Gonçalves, 8º D
20008/2009