domingo, 5 de abril de 2009

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá – Uma história de amor, de Jorge amado




O Gato Malhado e as suas mudanças...


A Primavera chegou, o Gato Malhado estirou os braços e abriu os olhos pardos, olhos feios e maus. Até então era um gato mau e temido pelos animais do parque. Quando a Primavera entrou pelo parque adentro, o Gato Malhado deu o seu primeiro sorriso para espanto de todos e rebolou-se na grama como se fosse um gato jovem, adolescente. Todos os animais pensavam que ele tinha enlouquecido e até pensavam que ele estava «tramando» alguma asneira.
O Gato julgava que todos os animais tinham desaparecido, mas num ramo estava uma curiosa Andorinha Sinhá. Ela era risonha, jovem, bela e gentil. O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá foram-se conhecendo. Andorinha Sinhá achava-o feio, mas ele pensava que era uma beleza de gato. Foram-se tornando amigos e davam belos e longos passeios pelo parque. Ela mantinha boas relações com o gato, porque ainda ninguém lhe tinha provado ser crime esta amizade. O Gato Malhado havia se apaixonado pela Andorinha Sinhá, mas a Andorinha Sinhá tinha que casar com o Rouxinol. Durante a Primavera e o Verão, o Gato Malhado viveu alegre e satisfeito, não ameaçou ninguém, nem maltratou as flores. Com a chegada do Outono, o Gato Malhado teve uma longa conversa com a Coruja, sobre as murmurações do parque, diziam que as Andorinhas não podiam casar com os Gatos, era uma lei antiga, a Lei das Andorinhas.
O Gato sofria muito por amor. O Gato não podia alimentar-se só das recordações do passado, necessitava também dos sonhos do futuro. O casamento da Andorinha com o Rouxinol realizou-se num dia de muito sol. O Galo foi o juiz que fez um discurso eloquente sobre as virtudes e os deveres de uma boa esposa, mas não falou sobre a fidelidade ao marido. Nesse dia a Andorinha derrubou uma pétala de rosa e o Gato colocou-a sobre o peito, parecia uma gota de sangue. O Gato estava muito triste. Todos os habitantes do parque compareceram na festa dada pelos pais da Andorinha Sinhá, à excepção do Gato Malhado.
O Gato Malhado voltava a ser aquele gato mau e solitário. Ele já não encontrava razões para alimentar aquele amor impossível. Aquela que era canção nupcial para os noivos, era canto funerário para o Gato Malhado. A Andorinha Sinhá, ao ver o Gato passar em frente à sua casa, deitou uma lágrima, esta lágrima brilhou e iluminou o caminho do solitário gato.

Ricardo Corte, 8E



A chegada da Primavera e a mudança do Gato Malhado.


Antes da repentina mudança com a chegada da Primavera, o Gato Malhado era um gato temido por todos os habitantes do parque que o viam como o “mau da fita”. Tinha olhos feios e maus que reflectiam maldade, o seu corpo era grande, forte, ágil, coberto de riscas amarelas e negras. Ninguém o imaginava entoando canções românticas. Era um gato solitário, nunca ou quase nunca respondia aos raros cumprimentos que por medo e não por gentileza alguns vizinhos lhe dirigiam. Resmungava e ia dormir. Todos tinham medo dele. Nunca sorria.
Tinha chegado a Primavera...repleta de cores e de aromas...e o Gato Malhado tinha enlouquecido (pensavam os habitantes daquele parque). O Gato estava rindo e os seus olhos estavam brilhando. Brincava como se fosse um gato na sua juventude e o seu miado estava diferente, mais giro..., mas todos os animais fugiam dele, pensando que ele lhes queria fazer mal e ele não percebeu a razão da debandada geral. Fugiam todas à excepção da Andorinha Sinhá que espreitava curiosa, por entre os ramos.

Catarina Faria, 8D




Sem comentários:

Enviar um comentário